18 de setembro de 2019

A Fête de l’Humanité existe há 89 anos. O evento é organizado pelo jornal comunista L’Humanité, ligado ao Partido Comunista Francês (PCF), em La Courneuve desde 1930, com o objetivo de promover um evento popular de manifestação internacional de solidariedade entre trabalhadores e trabalhadoras ao redor do mundo. Contando com 3 dias de festa em um espaço de 66 hectares, a festa recebe em média 200 mil visitantes por dia, acolhendo delegações de partidos de esquerda dos 5 continentes.

O movimento internacional #LulaLivre, o repúdio às políticas adotadas pelo governo Jair Bolsonaro e os atos em defesa da democracia no Brasil foram os destaques desta edição de 2019. O ex-presidente Lula encontra-se injustamente preso na sede da Polícia Federal de Curitiba desde abril de 2018, onde cumpre pena após um processo carente de provas materiais e politicamente orientado pelo então juiz Sergio Moro e por procuradores da Lava Jato. A prisão política de Lula da Silva tem sido continuamente denunciada por ativistas e personalidades ao redor do globo e, na Fête de l’Humanité deste ano não foi diferente.

A presidente Dilma Rousseff, convidada de honra da festa, esteve presente em um debate na Ágora do Village du Monde. No auditório que expunha bandeiras brasileiras e uma faixa com os dizeres “Lula Livre”, a ex-presidente foi recebida por uma longa salva de palmas. O debate contou também com a presença de Maud Chirio, historiador e especialista em Brasil; Walter Sorrentino, vice-presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB); Igor Felipe dos Santos, coordenador nacional do Movimento Sem Terra e do Comitê Nacional Lula Livre; Éric Fassin, sociólogo e membro do Comitê parisiense de Solidariedade a Lula, bem como Patrick Le Hyaric, diretor do l’Humanité.

A militância do Comitê parisiense de Solidariedade a Lula esteve presente panfletando e recolhendo assinaturas da petição pela anulação dos julgamentos do Lula.

Confira as fotos:

Texto e fotos:Comitê parisiense de Solidariedade a Lula