11 de agosto de 2020
Foto: reprodução/YouTube

Pouco antes da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2016, os procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato em Curitiba tiveram acesso informal à uma investigação contra Lula, que corria sob sigilo em Brasília.

A averiguação, um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) realizado pelo Ministério Público Federal, buscava apurar se o ex-presidente havia auxiliado ilegalmente a construtora Odebrecht a conseguir financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para contratos no exterior.

Os procuradores de Curitiba receberam documentos que faziam parte do PIC ‘em off ’ um mês antes de ter permissão oficial para acessar os autos. O objetivo era manobrar para fazer parecer que casos contra Lula, que deveriam estar sob a jurisdição do Ministério Público do estado de São Paulo, possuíssem alguma conexão com as investigações sobre a Petrobras. Desta forma, os casos cairiam nas mãos da força-tarefa no estado do Paraná.

Nenhuma denúncia formal contra Lula decorreu deste Procedimento Investigatório Criminal (PIC) desde então, e a investigação ainda está ‘sob sigilo’. Mesmo assim, seu conteúdo foi vazado pelos próprios agentes da Lava Jato à época, em mais uma tentativa de manchar a imagem de Lula.

Além deste, os chats indicam que outros quatro procedimentos relacionados ao ex-presidente foram passados ‘por baixo dos panos’ para os procuradores da força-tarefa no começo de 2016.

Leia a matéria na íntegra no site do The Intercept Brasil aqui.