8 de agosto de 2019
Foto: Heinrich Aikawa/ Instituto Lula

Em artigo publicado neste final de semana (4/8) no site El Mostrador,  o ex-senador e ex-embaixador chileno no Brasil Jaime Gazmuri discorre sobre o perigo autoritário que ronda o país frente às articulações ilegais entre juiz, procurador e Ministério Público Federal reveladas pela #VazaJato, e opina sobre os absurdos que permeiam o caso Lula.

De acordo com o ex-embaixador, “está demonstrado que a investigação e o processo contra Lula estavam viciados desde o princípio. Sérgio Moro não apenas conduziu o processo de maneira tendenciosa, mas também interveio diretamente no trabalho investigativo da Procuradoria, desafiando tanto a Constituição brasileira quanto o Código de Ética da Magistratura, que estabelecem expressamente que o juiz deve manter absoluta equidistância entre acusadores e defensores nos casos em que são responsáveis pela sentença. O atual ministro da Justiça descumpriu severamente seus deveres”. E complementa: “Estamos diante do embrião ideológico do totalitarismo: a defesa de um bem maior justifica o atropelo da lei”.

Gazmuri lembra, ainda, que desde o início das acusações, movimentos e personalidades dentro e fora do Brasil têm apontado para a inocência de Lula e para os abusos e ilegalidades do processo contra o ex-presidente: “Tudo isso dá razão às numerosas vozes que, tanto no Brasil quanto no mundo, questionaram os procedimentos arbitrários utilizados no processo contra Lula. Sua reivindicação do status de preso político e a demanda de seus advogados pela anulação do processo e da sentença parecem atualmente respaldados por evidências sólidas”.